sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Tempo para a Criação continua


A campanha ecumênica Tempo para a Criação inicia no dia 1º de setembro por ser o primeiro dia do ano do calendário eclesiástico da Igreja Ortodoxa, estendendo-se até 4 de outubro, que é a Festa de São Francisco de Assis, na tradição católica romana e anglicana, e por ser um santo universal, admirado por diversas denominações e manifestações religiosas no mundo inteiro. 
Durante este período, a Diocese Meridional organizou o Ciclo de orações dominicais para cada um dos domingos do Tempo para a Criação, além de outras ações como:
a criação deste blog para compartilhar iniciativas e desafios que possam facilmente ser desenvolvidos por pessoas ou comunidades; 
a organização de um encontro prático, com estudos e orações e a criação de uma compostagem no terreno da Diocese; 
durante o encontro da Coordenação da UJAB, com jovens do Mutirão do Avivamento em Santo Antônio de Patrulha, no dia 29 de Setembro, aconteceram atividades de conscientização dirigida pelo jovem Eng. Guilherme; 
na Sexta Feira dia 04 de Outubro às 19hs no Auditório do Escritório Diocesano, aconteceu uma partilha sobre espiritualidade franciscana e ecologia.
No encontro do dia 4 de outubro, avaliamos a caminhada realizada desde o dia 1º de setembro, oramos pela Integridade da Criação e planejamos um pouco sobre a continuidade deste caminho e já marcamos uma reunião da equipe para o dia 22 de novembro. Planejamos continuar o trabalho na Diocese como Tempo para a Criação, que poderá se tornar uma pastoral diocesana. Também queremos continuar o cultivo da espiritualidade franciscana e nos fortalecermos na missão em defesa da justiça, da paz e da integridade da criação. Nossa irmã artista, Helena Gastal criou um belo quadro de São Francisco, que  a cada encontro, alguém do grupo o levará para sua casa.

sábado, 5 de outubro de 2013

Momento de reflexão com os jovens em Santo Antônio da Patrulha

 No dia 29 de setembro, como parte das atividades do Tempo para a Criação da Diocese Meridional, houve um momento de conversa e reflexão com os jovens que estavam reunidos na Paróquia São Mateus durante o Mutirão do Avivamento. Os jovens merecem especial atenção pelo potencial de tornarem-se os agentes da mudança do paradigma ambiental atual. Esta atividade, mediada pelo engenheiro ambiental Guilherme Ramos, teve por objetivo incentivá-los a pensar e agir por um mundo mais socialmente justo e ecologicamente equilibrado.
O momento de reflexão iniciou com a apresentação deste vídeo:

Os jovens chamaram a atenção para os maus tratos com os animais e de como é comum na nossa sociedade os excessos de consumo, não só de alimentos, mas também de tudo que e ofertado incessantemente pelo mercado aos consumidores. Na maioria das vezes, quando consumimos, não lembramos dos impactos sociais e ambientais que podem estar por trás da produção de muitos itens do nosso dia-a-dia. Por fim, os jovens também ressaltaram as pequenas mudanças de hábito que cada um pode fazer para evitar o desperdício e ter um consumo mais consciente.




Reduzir os excessos, optar por produtos orgânicos e de pequenos produtores ou mesmo por aqueles que tenham sido produzidos o mais próximo possível do consumidor final também são maneiras de preservar a Criação.

Ecologia: a arte da reconciliação

Nossos antepassados viveram nas florestas e, certamente, sentiam medo da sua complexidade. As florestas representavam perigo aos seres humanos, como a todos os animais. Para fugir das florestas, as comunidades humanas foram se aglomerando, primeiro com trabalho agrícola, depois a indústria, até chegarmos ao mais moderno e complexo mundo urbano que hoje conhecemos. E as cidades são tão complexas quanto as floretas. Assim como as florestas causavam medo e perplexidade, hoje são as cidades que amedrontam constantemente. Ninguém estaria seguro numa floresta, como também não se pode dizer que alguém esteja plenamente seguro numa cidade. Podemos dizer que, ao fugir da floresta, o ser humano criou a cidade à imagem e semelhança da sua primeira habitação.
O medo de ser agredido levou o ser humano a criar técnicas de proteção. E sempre impulsionado pelo medo, chegou ao ponto de desenvolver uma altamente moderna e eficaz indústria de guerra. Com medo da fome, e tendo que migrar para locais afastados dos recursos naturais, a espécie humana se esforçou em implementar técnicas e estratégicas capazes de garantir a subsistência. Mas, o medo da morte virou violência e o medo da fome virou ganância. Violentos e gananciosos por causa do medo, os seres humanos agridem, não apenas as outras espécies, mas constantemente vivem ferindo e explorando uns aos outros. É assim que vemos a humanidade, com muitos sinais de amor e fraternidade, mas fortemente marcada pela ganância, violência, pelo ódio e o egoísmo. E, infelizmente, ainda somos uma civilização do medo e da incerteza, sentindo impotência diante dos problemas que nós mesmos criamos.
A ecologia que é o estudo da casa onde habitamos, é também a arte da reconciliação, é a ciência que nos faz pensar e mudar a forma de como nos relacionamos com tudo o que existe. Hoje, a ecologia nos convida à reconciliação. No início, os seres humanos quiseram fugir das florestas e ainda hoje fugimos das nossas cidades que construímos para viver. Fugimos do caos, da degradação, da poluição e fugimos uns dos outros. Mas agora, a ecologia nos interpela: se fugir, que seja do medo, da ganância, do ódio e da maldade, para então, nos re-encontramos na convivialidade fraterna, na solidariedade, no amor, na bondade. Temos que nos re-encontrarmos como humanidade, nos reconciliarmos com nossa condição humana, com os seres humanos, com outros seres e as outras formas de vida e com Deus criador da vida. Precisamos reatar nossa amizade com a natureza, que é fonte de vida e não simplesmente um perigo ou ameaça. A nossa sobrevivência e a continuidade real de vida no planeta dependem da nossa reconciliação com a natureza.
Pilato Pereira

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Partilha sobre Espiritualidade Franciscana e Ecologia


Na próxima sexta-feira, dia 04 de Outubro, às 19hs, no Auditório do Escritório Diocesano, junto ao SETEK (Av. Ludolfo Boehl, 278, Teresópolis, Porto Alegre), dando continuidade a campanha Tempo para a Criação, a Diocese Meridional promove uma partilha sobre Espiritualidade Franciscana e Ecologia.
Vai ser um momento simples, como desejaria São Francisco de Assis, com partilha de ideias, experiências e sonhos sobre Ecologia e Espiritualidade Franciscana. Todos e todas são bem vindos (as).