domingo, 23 de março de 2014

Hora do Planeta 2014: 'use seu poder' em 29/03/2014

A campanha Hora do Planeta, promovida pela ONG WWF desde 2007, convida o mundo a apagar todas as luzes de casa por 60 minutos. Assim, todos estão convidados a aderir a esse gesto simples e simbólico no dia 29/03, entre 20h30 e 21h30.
Este ano, a campanha ganhou seu primeiro embaixador global: o Homem-Aranha. Por isso, os atores Andrew Garfield, Emma Stone e Jamie Foxx - protagonistas do novo filme do personagem, O Espetacular Homem-Aranha 2, que deve ser lançado em maio próximo por aqui - também aderiram à iniciativa.
A campanha começou em Sidney, na Austrália, em 2007. E não parou de crescer: mais de um bilhão de pessoas aderiram em cinco mil cidades de 152 países diferentes. As pirâmides do Egito, a Torre Eiffel, a Acrópole de Atenas, o Cristo Redentor (RJ) e a Ópera de Manaus estão entre os monumentos mais famosos que apoiam a iniciativa e se mantêm no escuro durante 60 minutos na data marcada.
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quarta-feira, 19 de março de 2014

Anglicanos, Católicos Romanos e Muçulmanos unidos contra o tráfico humano

Cidade do Vaticano, 17 mar 2014 (Ecclesia) – O Vaticano acolheu hoje a apresentação de um projeto inter-religioso de luta contra o tráfico e a exploração de seres humanos, que vai estar em vigor até 2020.
De acordo com a sala de imprensa da Santa Sé, a iniciativa, intitulada “Rede Global de Liberdade”, reúne os esforços de católicos, anglicanos e muçulmanos para procurar “erradicar as formas modernas de escravatura” que atingem homens, mulheres e crianças de todo o mundo.
Um comunicado assinado pelo chanceler da Academia Pontifícia das Ciências, D. Marcelo Sánchez Sorondo, em nome do Papa Francisco, denuncia que atualmente cerca de “30 milhões de pessoas estão condenadas à desumanização e degradação, vítimas de exploração física, económica e sexual”.
“Cada dia em que esta trágica situação se arrasta constitui um grave assalto à humanidade e representa também uma afronta vergonhosa à consciência de todas as pessoas”, pode ler-se no documento, que conta com o apoio do arcebispo da Cantuária, responsável máximo da Igreja Anglicana, e do grande imã de Al-Azhar, no Cairo.
Idealizada com a colaboração da Fundação “Walk Free”, criada por Andrew Forrest, a Rede Global de Liberdade pretende combater a “indiferença” perante este problema e incentivar “comunidades religiosas, governos e pessoas em geral à ação”.
“Só ativando, em todo o mundo, os ideais da fé e os valores sociais” é que será possível eliminar um “mal” que tem dedo “humano” mas que pode também ser combatido através do “esforço humano”, realçam os signatários.
“Apesar de todas as diligências já efetuadas, a nível internacional, a escravatura moderna e o tráfico humano continuam em expansão”, acrescentam os promotores do projeto, que lamentam que muitas das situações, e as suas vítimas, continuem “escondidas” dos olhares do público.
“Lugares de prostituição, fábricas e quintas, embarcações de pesca, estabelecimentos ilegais, residências privadas” são apenas alguns dos exemplos de locais onde a exploração e o tráfico humano têm lugar.
Mas existem “inúmeros outros lugares, em cidades, aldeias e favelas, em países ricos ou nas nações mais pobres”, recorda o documento assinado pela Santa Sé.
Durante este ano, a “Rede Global de Liberdade” vai ser reforçada através de um esforço conjunto, ao nível das comunidades religiosas, dos seus líderes, junto do meio empresarial, especialmente das multinacionais, e do mundo da política, no sentido de combater o tráfico e a escravatura humana.
A ideia é também começar a criar condições, ao nível dos países, para a criação de um “Fundo Global contra a Escravatura”, sobretudo com o contributo das 20 nações mais ricas do mundo.
Destaque ainda, até ao final de 2014, para a realização de ações de sensibilização junto dos jovens e a mobilização de famílias, escolas, universidades, congregações e institutos para a educação e informação das comunidades.
JCP
Extraído de: PALAVRA ABERTA
PORTAL DA COMUNIDADE EPISCOPAL ANGLICANA DO BRASIL

segunda-feira, 17 de março de 2014

Carta da 37ª Romaria da Terra e do 9º Acampamento da Juventude

1. A 37ª Romaria da Terra e o 9º Acampamento da Juventude é fruto de meses de trabalho nas comunidades e movimentos, incentivados pelo nosso irmão e pastor, Dom Jaime, arcebispo de Porto Alegre, arquidiocese que os acolheu, que conclamou a todos e todas para, “inspirados no Evangelho e orientados pelas opções de Jesus pelos menos favorecidos, os pobres e excluídos, participar de forma ativa nesta manifestação de solidariedade para com tantos de nossos irmãos e irmãs que não têm um pedaço de terra para viver dignamente. A Terra nos oferece o necessário para o sustento; mas precisamos também aprender a dela cuidar para que todos possam gozar daquilo que hoje se denomina vida saudável”. 
2. E nos dias do carnaval de 2014 (2 e 3 de março), 500 jovens do Rio Grande do Sul, da Pastoral de Juventude, da juventude do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, do Levante Popular da Juventude, do Movimento de Trabalhadores Desempregados, da juventude do Movimento dos Atingidos pelas Barragens, da Pastoral da Juventude Rural, da Pastoral Popular Luterana e do movimento “Juntos”, compromissados com os valores e as causas da Reforma Agrária, da Cooperação e da Agroecologia como modo de organizar a vida e a defesa da Mãe-Terra, estiveram reunidos no 9º Acampamento da Juventude, no Assentamento da Lagoa dos Juncos, em Tapes.
3. Acolhidos com entusiasmo pelos moradores do Assentamento e pelas equipes que já vieram antes para preparar o espaço para o Acampamento e a Romaria, logo se integraram e, com muita energia e entusiasmo, com palavras de ordem, canções diversas e muito debate, foram reafirmando a disposição de serem sujeitos protagonistas de uma nova sociedade, justa, fraterna, socialista.
4. Refletimos sobre a realidade, ouvimos os clamores que brotam das mais diversas situações de exploração e opressão, geradas pelo sistema capitalista e procuramos compreender os desafios que nos são colocados para aprofundar o processo de transformação para que haja vida digna e abundante para todos e todas, assumindo os seguintes compromissos:
- Denunciar o sistema capitalista como intrinsecamente perverso em seu DNA, pois sua lógica de acumulação a qualquer preço, movido pela ganância, gera as divisões sociais, exploração, opressões diversas, sofrimento e morte.
- Retomar e aprofundar a defesa da Reforma Agrária, condição inclusive para avançar na agroecologia e na agricultura de base camponesa.
- Denunciar o agronegócio como um sistema que tem como lógica o lucro e se sustenta na exploração do trabalho e dos recursos naturais, em contradição com a agricultura camponesa.
- Defender os diversos sistemas da biodiversidade e fortalecer a luta contra os agrotóxicos, pois estes matam.
- Impulsionar a produção e o consumo saudáveis, defendendo e praticando a agroecologia, sem ter medo das mudanças.
- Resgatar a política como a ação em favor do bem comum, essencial nos processos de mudança da realidade, e como a mais alta forma de amor ao próximo.
- Investir no fortalecimento do trabalho de base e na construção da mais ampla unidade entre os explorados e excluídos.
- Lutar pela igualdade de gênero.
- Respeitar e considerar justa toda forma de AMOR.
- Defender políticas públicas substantivas para a população trabalhadora, em especial para a juventude e lutar contra a privatização dos serviços públicos.
- Impulsionar um processo de trabalho de base permanente de formação sobre as políticas públicas e o papel protagonista dos jovens e da população em geral na sua efetivação.
- Educar e mobilizar a juventude e a população trabalhadora para a participação das mesmas nos espaços de construção das políticas públicas e do controle social do Estado.
- Comprometer-se com o Plebiscito popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana pela Reforma do Sistema Político.
- Impulsionar a participação das mulheres nos espaços de poder e decisão de nossa sociedade.
- Construir espaços de formação permanente sobre a questão de gênero, envolvendo homens e mulheres, na perspectiva de superação de todas as formas de patriarcalismo e machismo em todos os espaços da vida.
- Investir em formas de comunicação para garantir um direito fundamental em qualquer processo de construção da liberdade, o da informação, o que nos convoca ao engajamento na luta pela democratização dos meios de comunicação.
- Denunciar a FIFA e os processos da Copa como mecanismos de fortalecimento da lógica dos grandes negócios, de violação direitos de muitas pessoas, em detrimento de investimentos em áreas essenciais para a população, como habitação, saúde e educação. (A Copa não é do Brasil e sim da FIFA”).
5. No dia 4, esse/as jovens juntaram-se aos milhares de Romeiros e Romeiras que vieram de todos os rincões do Rio Grande e mesmo de vários outros estados para celebrar a história de lutas dos povos da Terra por justiça, igualdade e liberdade, com quem compartilharam e celebraram esses compromissos.
6. Animados e encorajados por tantas testemunhas que doaram suas vidas por estas causas em defesa dos pobres, no seguimento de Jesus de Nazaré, renovamos o desejo de que os bons frutos desta Romaria da Terra possam repercutir bem na vida de todas as nossas Comunidades de fé e de luta. 
Tapes, 4 de março de 2014

sábado, 1 de março de 2014

37ª Romaria da Terra em Tapes

37ª ROMARIA DA TERRA
ASSENTAMENTO LAGOA DO JUNCO
TAPES/RS - 04 DE MARÇO DE 2014
Neste Carnaval de 2014, no dia 4 de março, acontece no Assentamento Lagoa do Junco, Tapes/RS, a 37ª edição da Romaria da Terra do Rio Grande do Sul, sempre promovida pela Comissão Pastoral da Terra (CPT-RS) e Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB Sul 3), com a participação solidária de outras igrejas cristãs. 
Neste ano a Romaria é acolhida pelas famílias de Tapes, de modo especial, do Assentamento Lagoa do Junco e a Paróquia de Nossa Senhora do Carmo, com o Vicariato de Guaíba e a Arquidiocese de Porto Alegre.
Nesta 37ª edição, a Romaria da Terra tem como tema: "Reforma Agrária, Cooperação e Agroecologia" e o lema: "Cultivar Vida Saudável".
No blog da CPT-RS tem uma página específica sobre a Romaria com diversos textos de subsídio para estudar o tema que está direcionado para a importância da Reforma Agrária como uma forma de justiça social, de promoção da agroecologia e a cooperação na produção de alimentos saudáveis.
Leia no blog da CPT, os textos sobre o tema e diversos depoimentos sobre a Romaria da Terra: http://cptdors.blogspot.com.br/

Relato da Presença da IEAB no Congresso do MST

Enviado em 18 de fevereiro, por Paulo UETI, Facilitador Regional para América Latina y el Caribe, Alianza Anglicana.

Justiça e paz se abraçarão! Cantamos com o salmista a alegria e o júbilo da verdadeira religião (Am, Is, Tg). 

Semana passada aconteceu o VI Congresso Nacional do MST (movimento dos trabalhadores e trabalhadoras sem terra) em Brasília. Mais de 15 pessoas estiveram presentes celebrando, lutando e expressando que outro mundo não é só possível mas já está acontecendo. Ainda a muito caminho, a jornada não acabou e é difícil, mas em solidariedade e fé o movimento segue e nós, pessoas de fé e religião, acompanhamos do mesmo jeito que Jesus acompanhou as pessoas mais vulneráveis e foi testemunha que Deus não as esqueceu e continua com elas. 
Rev. Gabas e Yvi da Diocese de Curitiba estiveram presentes durante o evento, assim como  Bispo Maurício e eu mesmo. Nosso primaz se fez presente através de uma saudação (postada neste blog). 
Compartilho o boletim do Congresso (Clique AQUI para abrir o link). Vale a pena inteirar-se para seguirmos em movimento de solidariedade e muita oração para que "Venha Teu Reino Senhor"... 
Um abraço terno e fraterno.

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Testemunho de Yvi Leisi - Londrina-PR:
Participei do VI Congresso Nacional do MST para presenciar e entender um pouco mais sobre as lutas dos trabalhadores sem terra e aprofundar a discussão sobre a reforma agrária e socialismo.
O Congresso levantou discussões muito positivas, colocando em pauta aspectos fundamentais como a batalha que temos de traçar contra o imperialismo estadunidense e as multinacionais. Além disso, colocou a luta por reforma agrária novamente na pauta do governo.
Penso que o momento mais marcante foram as místicas realizadas, que mostraram toda a batalha enfrentada pelo Movimento e sintetizaram esses 30 anos de luta e conquistas.
A igreja deve estar envolvida com os trabalhos do movimento para ajudar a fortalecer as reivindicações. A igreja deve ter não apenas num envolvimento político, mas uma presença atuante em acampamentos e assentamentos, assim como se realiza em Cascavel, na pessoa do Reverendo Luiz Carlos Gabas.
Percebi durante o Congresso de que pelo menos 60% dos integrantes da plenária eram jovens que lá estavam lutando por seus direitos. Um recado que eu deixo à juventude é sempre ler, entender, e se engajar mais na luta, que pertence a todos.