sábado, 4 de janeiro de 2014

O Serviço Anglicano de Diaconia e Desenvolvimento

A Igreja Episcopal Anglicana do Brasil (IEAB) recentemente implantou o seu Serviço Anglicano de Diaconia e Desenvolvimento (SADD) com o objetivo de acompanhar, orientar e fortalecer as experiências diacônicas da Igreja, bem como facilitar a capacitação e articulação dessas experiências no âmbito provincial.

No site do SADD (www.ieab.org.br/sad), você poderá explorar 4 bancos de dados que contribuirão para a concretização do SADD.
1) Banco experiências: mapeamento das atuais experiências de diaconia social na IEAB quanto à variedade de atividades, objetivos, sujeitos, motivações, articulações, desafios e fontes de recursos;
2) Banco recursos humanos internos e externos, para atender às necessidades de formação, por exemplo, sobre a preparação de certidão para fundações filantrópicas. Este banco deve estar articulado com o trabalho do Centro de Estudos Anglicanos (CEA);
3) Banco fontes: requisitos e procedimentos de fontes de recursos públicos nacionais e da cooperação e internacional.
4) Banco instâncias: o mapeamento das instâncias (dioceses, distrito, paróquias, missões, pontos missionários ou instituições) da IEAB.
Há relações entre os bancos e eles usam as mesmas listas pré definidas de descrições com palavras chaves. As pessoas que têm uma senha, podem cadastrar, editar e excluir os dados.

Você pode obter mais informações através do site do SADD (www.ieab.org.br/sad), onde, além dos bancos de dados, também disponibiliza uma página de notícias, um formulário de contatos, uma lista de pessoas que são referência do SADD em cada diocese.

Pastoral Anglicana da Terra e a Luta dos Guarani por demarcações

No dia 13 de dezembro, o Vereador Paulo Porto e o Ven. Arc. Luis Gabas deslocaram-se para a cidade de Guaíra/PR. Lá encontraram-se com um casal que ali reside e trabalha. Ambos são devotados à causa indígena, apesar das pressões, perseguições e ameaças que sofrem do agronegócio, da mídia, dos políticos e das associações classistas locais. Há uma guerra declarada contra o Povo Guarani. Até um padre deu determinações de que os indígenas não tivessem acesso à água de uma determinada capela, porque não queria correr o risco de perder o “abençoado” dinheiro dos grandes. O Revdo. Gabas salienta que lhe veio à mente o modelo de Jesus Cristo e suas opções em favor do Reino.
O sr. Lauro juntou-se ao Revdo. Gabas e ao Ver. Paulo, e foram para o município de Terra Roxa/PR, até as barrancas do Rio Paraná. Dali puderam vislumbrar a imponente Ilha Grande, aparentemente ainda bem preservada.
Estavam sobre um sítio arqueológico que remonta ao século XVI, prova contundente de que se trata de um antigo território Guarani. Cacos de cerâmicas estão por todos os lados… Profanadores deste local sagrado instaram sobre ele uma mineradora que explora o leito do Rio Paraná, uma associação de pescadores e até um CTG (Centro de Tradições Gauchas).
Não faz muito, e com todo o direito do mundo, famílias Guarani reocuparam à área. Não são muitos, mas querem permanecer num território que por herança e direito lhes pertence desde muitos séculos. A preservação da sua identidade cultural, da língua, dos costumes e da religiosidade dependem em muito de territórios tradicionais como este.
O pior de tudo é que os Guaranis, milenares senhores destas terras do oeste do Paraná, estão sem nenhuma proteção do Estado e entregues à ganância avassaladora do agronegócio. A mídia, políticos influentes e organizações classistas plantam informações fantasiosas e mentirosas sobre os indígenas, gerando medo, rancor e ódio na população.
Mas a utopia Guarani da “Terra sem Males” continua viva e consistente. Nhanderú (Deus) está com o Povo Guarani e sua luta por Tekorá (terra, onde preservar a cultura, a língua, os costumes e a religiosidade).
Em nome das Dioceses Anglicana da Califórnia (EUA) e de Curitiba e da Associação Beneficente ‘Solidariedade e Paz’ da Paróquia da Ascensão em Cascavel/PR entregamos um barco aos indígenas da Aldeia ‘Araguadu’, tendo em vista a segurança alimentar dos seus moradores.

Por Ven. Arc. Luis Carlos Gabas
Diocese Anglicana de Curitiba