Autor: RedeNutri Published
Em Roma, representante do Inca afirma que embutidos e carnes processadas, incluindo peito de peru, podem ter substâncias cancerígenas; já brasileira diretora de ONG está preocupada com riscos para a saúde do aumento de peso.
As políticas públicas sobre nutrição precisam levar em conta a associação entre o consumo de certos alimentos e os riscos de doenças crônicas e de câncer. A opinião vem de dois especialistas brasileiros que participam em Roma da Segunda Conferência Internacional sobre Nutrição.
Na capital da Itália, a Rádio ONU entrevistou o representante do Instituto Nacional do Câncer, Inca. Fábio Gomes alerta: mesmo aqueles alimentos que podem parecer mais saudáveis ou "light" podem ter substâncias cancerígenas.
Conservantes
As carnes processadas, embutidos, salsichas, linguiça, blanquet de peru, eles têm conservantes que a gente já conhece como fatores que são cancerígenos. O consumo crescente desses produtos na alimentação do brasileiro está relacionado com o aumento do risco de câncer, principalmente no estômago e no intestino.
Hoje no Brasil a gente já pode dizer que o principal fator de risco para câncer é a má alimentação, o excesso de peso e a obesidade."
Segundo Fábio Gomes,o número de fumantes no Brasil está diminuindo, mas por outro lado, metade dos adultos e um terço das crianças estão acima do peso.
Recuperação
A diretora da Aliança de Controle do Tabagismo, Paula Johns, chama a atenção para contextos sociais e econômicos ligados ao aumento dos casos de obesidade. A expectativa de Paula Johns sobre a conferência em Roma é para que as decisões levem à recuperação dos sistemas alimentares."
O problema da alimentação não é uma questão de falta de comida. É uma questão de um sistema alimentar que está doente e precisa ser recuperado. Você tem situações em que é mais fácil para a pessoa comprar uma bebida açucarada industrializada do que comprar uma fruta fresca. Essa realidade precisa ser mudada."
Segundo a Organização Mundial da Saúde, a alimentação inadequada está relacionada à casos de câncer e de outras doenças crônicas, como diabetes, infartos e derrames.
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